sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Ryan Larkin | Revolução da animação

A animação considerada por muitos uma arte menor, jogada hoje as mil informações do youtube, teve nos anos 60 um dos grandes artistas da nova geração: Ryan Larkin.

Larkin foi um animador canadense, artista, escultor e discípulo de Norman McLaren (curta-metragista experimental e um dos grandes nomes da animação mundial) na National Film Board of Canadá. Como os grandes artistas dessa época se perdeu em sua geniosidade em um mundo de muitas drogas (deixo o sexo e rock and roll sub-entendido).

O que me impressiona no trabalho de Larkin é a capacidade de transformação do movimento, entre um passo e outro, seja no seu trabalho nomeado para o Oscar Walking de 1966 ou seja no Street Musique de 1972 aclamado pelo público. Mesmo em seu primeiro trabalho Syrinx (1965) já notamos uma capacidade de transformar o desenho em movimento, onde uma forma entra na outra.
Muito da vida de Larkin se transformou em um documentário também animado de Chris Landreth onde assistimos o corpo de Ryan e de Chris serem amordaçados e despedaçarem em meio de fracassos e traumas. Um mundo em meio as drogas e arte no cotidiano de Ryande uma forma onde o corpo despedaçado conta mais historias que o próprio filme.

Confira abaixo o documentário e alguns dos filmes de Ryan.



Walking 1968






Ryan (2004) de Chris Landreth


Street Musique 1972












Dica de Livro | Marcovaldo




Ler Calvino é sempre um momento de prazer dentro do cotidiano caótico.
O livro Marcovaldo marca a passagem do autor de um neo-realismo para a exploração
da fábula e do fantástico. Publicado em 1963 o livro conta a historia de um operário que
se demonstra perdido dentro da cidade. Marcovaldo não consegue enxergar prédios se perde nas texturas das árvores. A selva do asfalto, para o personagem, se demonstra uma imitação, um engano. Seus olhos nao sao adequados para signos da vida urbana.
Dentro da cidade Marcovaldo abre portas para a visão do leitor em um busca pela natureza microscopia dos detalhes: cogumelos que brotam em canteiros, aves migratórias, mudanças da estação. O personagem assim desdobra poeticamente as misérias da exitencia. O livro publicado pela companhia das letras ganha o Prêmio Jabuti 1993 de Melhor Produção Editorial de Obra em Coleção.


Dica de Livro 1000 Dessous



Ler sobre a história do vestuário feminino nos leva ao questionamento e a descoberta do universo do tornar-se mulher. Nesse século profundamente marcado por questões de sexo e gênero são abertos leques de infinitas possibilidades e perspectivas do corpo. O corpo feminino nos ensina um pouco sobre que Simone Beauvoir dizia: ninguém nasce mulher, se torna mulher. Sendo o corpo visto como uma construção sobre o qual são conferidas diferentes marcas em diversos tempos, espaços e conjunturas sociais. A moda acompanha esse corpo provisório, mutável e suscetível, das inúmeras intervenções cirúrgicas as fogueiras de sutiãs.

O livro 1000 Dessous do autor Gilles Neret mostra como a lingerie desvenda com ela não apenas a moda, mas a sensualidade, a submissão, os papéis sociais e as questões que o corpo feminino nos traz. A história da lingerie se confunde com a história do corpo feminino.



terça-feira, 19 de outubro de 2010